O retorno do fenômeno La Niña traz um novo desafio de impacto do clima na soja. Modelos meteorológicos indicam que o evento deve se consolidar até o início do verão, com intensidade entre fraca e moderada. Esse comportamento altera o regime de chuvas em praticamente todo o país.
Atrasos no plantio em algumas regiões e colheitas prejudicadas em outras podem influenciar a logística da oleaginosa. Produtores e cooperativas precisarão acompanhar boletins meteorológicos e ajustar estratégias de comercialização conforme as condições regionais, além de estarem munidos com biossoluções validadas para lidar, principalmente, com o estresse abiótico das plantas.
Mudanças climáticas por região do Brasil
Centro-Oeste – No coração da produção nacional de grãos, a região já apresenta chuvas abaixo da média em áreas do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e sudeste do Mato Grosso, o que pode atrasar o plantio e comprometer o desenvolvimento inicial das lavouras. O solo mais seco exige cautela no uso de sementes e insumos. Além disso, o avanço do La Niña pode provocar veranicos mais longos e irregulares.
Sul – O impacto tende a ser o mais severo. A La Niña costuma reduzir de forma acentuada as chuvas no Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, regiões que já registraram precipitações abaixo da média no segundo semestre de 2025. A tendência é de estiagens prolongadas e temperaturas mais elevadas durante o enchimento de grãos, com risco de perdas significativas em lavouras de sequeiro.
Outro ponto de atenção é a possibilidade de invernadas fora de época, especialmente em janeiro, quando massas de ar frio podem avançar de forma atípica e provocar quedas de temperatura e alta umidade por vários dias. Esses períodos de menor insolação e excesso de umidade reduzem a fotossíntese, atrasam o desenvolvimento das plantas e favorecem doenças como a ferrugem asiática.
Sudeste – O comportamento climático será irregular. O sul de Minas Gerais e o norte de São Paulo tendem a manter chuvas próximas da normalidade, enquanto o Triângulo Mineiro e o sul paulista podem enfrentar períodos secos mais longos. Nessas áreas, há também risco de invernadas de verão, semelhantes às previstas para o Sul, que podem atrasar o ciclo.
Norte e Nordeste – Nessas regiões, a La Niña deve concentrar um volume maior de chuvas. O Matopiba (Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia) pode registrar precipitações acima da média, o que favorece a recarga de mananciais e o desenvolvimento inicial da soja. No entanto, o excesso de umidade pode causar encharcamento e erosão, além de exigir reforço no controle sanitário.

Impacto do clima na soja
Constantes alterações climáticas têm ação direta no rendimento dos cultivos, isso porque o estresse causado afeta seu crescimento, desenvolvimento e, principalmente, o rendimento. A cultura da soja necessita de boa distribuição de chuvas ao longo do ciclo e de temperaturas com faixa ótima ao redor de 30ºC, em especial, durante as fases de crescimento.
Quando as temperaturas são elevadas e combinadas com falta d’água, culminam em queda da taxa de crescimento, floração precoce e riscos de abortamento, causando redução de retenção de vagens, acelerando maturação e comprometendo a qualidade dos grãos. Essas são as consequências visíveis e impactantes nas plantas, entretanto, a causa desses sintomas ocorrem devido à formação de espécies reativas de oxigênio (EROs), que, de maneira sucinta, causam o envelhecimento natural dos seres vivos.
Após exposta a condições de estresse, a taxa de produção de EROs pode superar a capacidade de neutralização dos sistemas de defesa, resultando em acúmulo excessivo e desencadeando o que chamamos de “estresse oxidativo”. Segundo Eli Oliveira, gerente de Treinamento Agronômico da Rovensa Next Brasil, a empresa tem investido em pesquisas para desenvolver soluções baseadas em tecnologias avançadas que contribuam com os agricultores a maximizar seus rendimentos e biossolucionar os desafios impostos pelo clima no cultivo não apenas da soja, como de todos as plantas cultivadas.
Manejo preventivo do estresse oxidativo da soja
E umas das maneiras eficazes de mitigar os efeitos do estresse oxidativo na soja pode e deve ser iniciado no solo. “A saúde do solo desempenha um papel vital no crescimento das plantas e na resistência ao estresse. Solo com teor de nutrientes favorável, drenagem apropriada e níveis adequados de pH contribuem para plantas mais saudáveis e resistentes ao estresse”, explica o especialista.
Para isso, a Rovensa Next recomenda o uso de Humitec®, que atua de modo a evitar deficiências nutricionais na rizosfera, melhorando o solo e ativando a microbiota para otimizar a biodisponibilidade de nutrientes e sua absorção pelas raízes. Dessa maneira, reduz-se o desperdício e melhora-se a gestão de recursos.
Outra forma de superar os desafios das mudanças climáticas é permitir que a soja ative mecanismos de resistência ao estresse, para que possa reforçar seus mecanismos de defesa naturais e, com isso, manter seu rendimento e qualidade em condições ambientais adversas. “Nesse contexto, a Rovensa Next dispõe dos produtos da família Phylgreen®, à base do extrato de alga marinha Ascophyllum nodosum, extraído com alta tecnologia e que assegura o máximo de compostos antiestressantes, ou seja, prepara a soja para lidar com as adversidades do clima”, informa o gerente de Treinamento Agronômico da Rovensa Next Brasil.
Outra linha em destaque da Rovensa Next, com ação direta sobre forma preventiva contra efeitos deletérios do clima, é a linha do Pumma®. Trata-se de um produto que tem formulação equilibrada de macro e micronutrientes e compostos orgânicos como glicina betaína, que, por sua vez, é caracterizada como um importante osmoprotetor e responsável por induzir várias respostas de plantas ao estresse térmico, incluindo crescimento, modificações de proteínas, fotossíntese e defesa oxidativa.
PUMMA® também atua sobre o ajuste osmótico e eliminação de radicais livres nas células vegetais, mantendo a célula turgida por mais tempo, sendo assim mais uma ótima alternativa economicamente benéfica e ambientalmente sustentável na amenização dos efeitos de seca e altas temperaturas.
Biofertilizantes essenciais para o manejo curativo
Preparar a soja de maneira antecipada ao estresse, além de evitar perdas de produtividade, garante a redução de custos. Não conseguiu prevenir situações de estresse? O uso de produtos com “efeito curativo” diminui danos. Com este objetivo, a recomendação de Eli Oliveira, dentro do completo portfólio da Rovensa Next no Brasil, são produtos Delfan Plus®, biofertilizante concentrado à base de aminoácidos livres que vão promover o crescimento, mesmo sob estresse, e Glutamin Extra®, que vai corrigir rapidamente as eficiências nutricionais por meio de uma fórmula balanceada de aminoácidos e macro e micronutrientes.



